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A primeira infância de Hahnemann

Nasci em 10 de abril de 1755, no eleitorado da Saxônia, uma das mais bonitas regiões da Alemanha. É uma das razões do meu grande amor pelas maravilhas da natureza.”

Há poucas informações relativas à primeira infância de Hahnemann, sendo a maior parte delas proveniente de sua autobiografia.

Nasceu em Meissen, em 10 de abril de 1755, pouco antes da meia-noite. Meissen fazia parte da Saxônia, na Alemanha ainda não unificada, região fronteiriça à Europa Eslava, e contava então com cerca de quatro mil habitantes. Esta região tinha tradição metalúrgica e alquímica, devido às minas de prata, chumbo e zinco. Nesta região brota o rio Elba, e suas principais cidades são Leipzig e Dresden. Foi também nesta região que Martinho Lutero iniciou a Reforma Protestante. E é importante ressaltar que Hahnemann nunca irá afastar-se desta região ao longo do rio Elba enquanto residir na Alemanha.

O menino Samuel foi levado à Igreja Luterana logo na manhã do dia 13 de abril para ser batizado, pois era muito frágil e esperava-se o pior. A parteira apadrinhou-o, após um parto muito difícil. Recebeu o nome Christian Frederico Samuel Hahnemann, mas sempre foi chamado de Samuel, para não confundir com o nome do pai. Hahnemann é o terceiro de cinco filhos, Carlota (nascida em 1752), Carlos Geraldo (1754), o próprio Samuel (1755), Augusto (1757) e Benjamina (1759), que era carinhosamente chamada de ‘Minna’ por toda a família.

Sua mãe é meiga e atenciosa. Seu pai tem um lema sempre repetido: “Agir e ser sem aparecer.” Sua mãe e seu pai assumem a educação dos filhos, ensinando-lhes a ler, escrever, calcular. Mostram-lhes as belezas da natureza nos arredores de Meissen. São criados sob os preceitos da religião luterana. Seu pai usa um método especial para educar os filhos. Leva os meninos para a fábrica e deixa as meninas com a mãe. Enquanto pinta, dá-lhes um ou dois pensamentos para que possam meditar sobre eles. Depois, recolhe suas reflexões e as comenta. Com isso, molda o espírito de independência e o sentido crítico das crianças. Christian Hahnemann era um pai severo que não permitia que os filhos usassem expressões vulgares em seu linguajar, apesar de Hahnemann afirmar posteriormente que interessava-se pela forma de falar das pessoas simples de Meissen.

Sua saúde é muito frágil, e esta fragilidade o acompanhará por muitos anos. Aos 6 anos, perde seu irmão imediatamente mais velho, Geraldo, que estava com 7 anos, assim o menino Samuel passa a ser o primogênito entre os meninos da casa, o que lhe traz responsabilidades em relação a ajudar no sustento da família.

Este primeiro setênio do menino Samuel afeta a família Hahnemann de forma especial devido à Guerra dos Sete Anos, iniciada em 1756, em que a Prússia e a Áustria disputaram a região da Silesia. Meissen foi invadida pelos prussianos, auxiliados e insuflados pelos ingleses, e saquearam o que ali se produzia de melhor, a porcelana e os tecidos, trazendo anos de dificuldade financeira para todos os seus habitantes.

Quem foram os ancestrais de Hahnemann

Avô paterno: Christoph Hahnemann, era pintor de porcelana, tinha um irmão chamado Christian Hahnemann. Viveu em Lauchstedt, na Saxônia, onde chegou em 1707. Era uma cidade muito pequena, com cerca de 1000 habitantes, de hábitos rurais, que servia como local de veraneio dos Duques da Saxônia. Eles eram pessoas destacadas na cidade. Ele teve sete filhos, 3 meninos e 4 meninas. Christoph e seu irmão, por serem pintores de porcelana e aquarelistas, mudaram-se para Meissen para trabalhar na Manufatura Real de Porcelana, como pintores decorativos. Esta foi a profissão também seguida pelo pai de Hahnemann.

Pai: Christian Gottfried Hahnemann, nasceu em Lauchstedt, em 24 de julho de 1720, onde viveu por 14 anos. Casou-se aos 28 anos com Johanna Eleonora Deeren, filha única do alfaiate da corte, em 1748, em Meissen, onde também era pintor de porcelana. Nove meses após casado, sua esposa morreu após dar a luz a gêmeas, sendo que uma nasceu morta e a outra morreu após nove meses. O pai de Hahnemann torna-se um homem fechado, carrancudo, viúvo aos 29 anos. Em 1750, casou-se novamente, com Johanna Christiana Spiess. Compra uma casa grande em Meissen e leva uma vida próspera. Escreveu um pequeno livro sobre aquarela. Também seu irmão mais novo era pintor de porcelana. Tinha um lema e o ensinou aos filhos: “Ser e agir sem ostentação.”

Mãe: Johanna Christiana Spiess, era filha única de um capitão que estava temporariamente prestando serviço em Meissen.

Christian Friedrich Samuel Hahnemann

A vida de Hahnemann comporta algumas peculiaridades que devem ser observadas antes de descrevê-la pormenorizadamente. Em primeiro lugar, Hahnemann viveu mais de 88 anos, o que era extremamente raro no século XVIII. Ele nasceu em 1755 e faleceu em 1843, tendo passado a maior parte deste tempo na Alemanha, que não era um país unificado, mas um amontoado de cidades-estado que frequentemente enfrentavam-se em disputas de poder, e que depois foram todas dominadas por Napoleão e seu exército. Nos últimos anos de sua vida ele desfrutou da fama e expandiu o nome da Homeopatia em Paris, à época a cidade mais importante culturalmente no mundo, o farol para onde todas as mentes em busca de conhecimento e novidades voltavam-se avidamente.

Esta é a história de um homem que criou uma ciência de curar eficaz, rápida e segura, partindo unicamente de fatos, os quais ele observava atentamente para só depois deles extrair hipóteses e teorias. É a história de um homem obstinado, quase arrogante, que não se curvou ao senso comum nem para evitar a fome sua e de sua numerosa família. Um homem que defendeu arduamente o ideal de curar sem prejudicar, contra uma classe médica irada que não podia aceitar que este médico de origem humilde fosse ensinar-lhes uma nova arte e ciência de curar. Um homem que até seus últimos dias cuidou de aprimorar seu legado maior à Humanidade, a Homeopatia. Hoje a Homeopatia sobrevive e expande-se pelo mundo todo, mas nada disso teria ocorrido se seu visionário fundador tivesse sido mais complacente com seu pares da época. O ódio que os seus opositores lhe nutriram abertamente em vida, hoje foi amplamente sobrepujado pelo amor e gratidão de milhões de médicos homeopatas e pacientes beneficiados pela Homeopatia.

Eu sou grato em primeiro lugar por ser um médico homeopata e, em segundo lugar, por ter tido a oportunidade de fazer este estudo da vida deste grande mestre da humanidade, um homem muito à frente do seu tempo, talvez à frente até do nosso tempo, que captou a essência da matéria e a entregou a nós todos de forma metódica para que possamos perpetuar seu trabalho de trazer saúde verdadeira a nossos irmãos e irmãs que sofrem as mais diferentes mazelas do corpo e da alma. Em sua lápide ele mandou escrever: Non inutilis vixi (Não vivi em vão). Como se houvesse alguma dúvida… Muito obrigado, Christian Friedrich Samuel Hahnemann.

Marcelo Guerra

Páscoa e Liberdade

A Páscoa é comemorada pelos judeus e pelos cristãos. Para os judeus, representa a libertação da escravidão no Egito, mais especificamente, a passagem do anjo da morte matando os filhos daqueles que escravizavam os judeus. Para os cristãos, representa a ressurreição de Jesus no 3º dia após sua morte. Em ambas as situações, a Páscoa simboliza a vitória sobre a morte.

Podemos pensar na morte em si, mas também nas ‘mortes’ que vivemos diariamente, como a morte dos nossos sonhos, das nossas ideologias. A maior morte que vivemos é viver uma vida sem sentido, presos a convenções sociais, repetindo hábitos e costumes, enquadrados em padrões de comportamento. A liberdade maior é encontrar o sentido da própria história e viver dentro deste sentido. E isto não é fácil, mesmo porque a liberdade que nos é presenteada não é liberdade de verdade. Para sermos livres precisamos lutar pela nossa própria liberdade.

Uma dica para esta Páscoa: assista o filme Um Sonho de Liberdade e preste atenção ao discurso do personagem vivido por Morgan Freeman.

Feliz Páscoa e busque sua liberdade do que lhe amarra a partir dela!

Um Sonho de Liberdade

Seguindo os rastros de Hahnemann

No dia 10 de abril é comemorado o aniversário de Samuel Hahnemann, o médico que fundou a Homeopatia. Há alguns anos eu fazia um curso cujo trabalho de conclusão era escrever a biografia de alguma personalidade. Eu fiz a dele e passei a admirá-lo ainda mais! Desde então me despertou o desejo de conhecer os lugares onde Hahnemann morou, e não foram poucos. Pois bem, este ano eu irei à Alemanha conhecer algumas dessas cidades, deixando outras para uma possível e desejada futura viagem. Começarei por Leipzig, onde ele estudou e trabalhou, de lá partindo para várias cidades em volta, que estão relacionadas com sua biografia, como Meissen, onde ele nasceu.

Aqui pretendo postar como eu senti esses lugares.

Nosso compromisso com o Natal

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Querid@s amig@s,
A Antroposofia, bebendo da mitologia cristã medieval, fala da criação do universo como um ato de doação das hierarquias superiores, principalmente serafins, querubins e tronos, mas não somente eles. Esses seres espirituais altamente evoluídos participaram da criação de tudo que existe no universo (minerais, plantas, animais e seres humanos) doando sua própria substância, o que de certa forma os enfraqueceu. O nascimento de Jesus inaugura um novo tempo, o tempo em que nos tornamos responsáveis pelo destino de nossas vidas, do universo e também precisamos começar a retribuir o trabalho desses seres espirituais, que o tempo todo cuidam de nós.
E esta nossa missão está representada na manjedoura onde nasceu o menino Jesus, que logo recebeu a visita dos pastores da região e dos reis magos. Os reis magos chegaram até Jesus por meio de muito estudo e cálculos astrológicos, enquanto os pastores que cuidavam das ovelhas, foram avisados do nascimento do menino pelos próprios anjos. Duas formas de chegar ao mesmo destino, pelo conhecimento ou pelo amor e compaixão, agora unidos em torno do menino que ousou nascer para vivificar a Terra. Esta é a nossa missão como seres humanos: conciliar o frio conhecimento com o amor e a compaixão, criando a sabedoria, para tornar o mundo mais fraterno e facilitar nossa existência, mas também para nutrir o corpo etérico da Terra para que os seres das hierarquias superiores que nos deram tudo que ainda nem conhecemos possam se nutrir e se revitalizar. Este é o nosso compromisso com o mundo material e espiritual nestes tempos.
Feliz e sábio Natal,
Marcelo Guerra

O amor de Joaquim

 

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.

O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.

O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.

O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.

O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.

O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

MELO NETO, João Cabral de. Os Três Mal Amados. In: MELO NETO, João Cabral de. Poesia Completa. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1994, p.59.

 

Como você lida com regras?

Marcelo Guerra

No artigo anterior expliquei que a Terapia Biográfica pode revelar o sentido da vocação de cada pessoa. E mostrei as influências do primeiro setênio para a formação dos talentos que desabrocharão na vida adulta.

Agora vamos nos aprofundar no segundo setênio, que inicia-se por volta dos 7 anos, com a troca acelerada dos dentes de leite por permanentes e termina com o estabelecimento da adolescência, por volta dos 14 anos. Nele, a criança, que até então tinha como referência quase que integral a sua própria família, passa a dividir-se entre dois mundos: a casa e a rua, onde estão os amigos, a escola e a maior parte das brincadeiras.

Setênios

A Terapia Biográfica estuda as fases do desenvolvimento humano dividindo-as em períodos de 7 anos, os assim chamados setênios, seguindo classificação de médicos/filósofos (os médicos também eram filósofos) da antiga Grécia.

Regras e normas

As brincadeiras, que antes tinham suas regras inventadas pelas próprias crianças, geralmente com frases começando por “faz de conta que…”, “finge que…”, nesta fase estão sujeitas a regras externas, como os jogos e os esportes. Brincar de pique, por exemplo, tem regras que vão passando de geração para geração. Jogar futebol ou queimada também tem regras que não se sujeitam ao “faz de conta que…”.

As normas também vão ficando mais fortes em casa e na escola. A criança já é maior, e dela se espera um pouco mais de responsabilidade. Essas normas vinculam-se aos ritmos e horários da família, por exemplo: ter hora para comer, hora para tomar banho, hora para dormir, hora para brincar, hora para estudar. Também são de grande importância as normas relacionadas à divisão entre os sexos, tais como “menina não senta de perna aberta”, “menino não chora”, e por aí vai.

São limites que representam necessidades sociais e os costumes de uma família, por isso variam de lugar para lugar e também em cada família. Os limites precisam ser justos, nem rígidos demais que façam a criança sentir-se acorrentada, nem frouxos demais, que a façam sentir-se com uma autoridade precoce (que ela não saberá usar e poderá prejudicá-la na vida adulta) sobre a própria família.

Autoridade e respeito

A criança encontra várias figuras de autoridade nesta fase, mas receberá uma enorme influência daquela que além de ter autoridade e merecer respeito, ofereça-lhe um tratamento acolhedor, carinhoso e cuidadoso. É dessa pessoa que ela se lembrará com frequência em sua vida adulta, quando estiver diante de situações, como escolhas éticas, em que precise tomar decisões que requeiram um comprometimento seu. Essa pessoa pode ser um familiar próximo, ou uma professora, uma vizinha. Seja qual for a sua origem, ela marcará a biografia dessa criança e será sua referência pela vida afora.

A maneira como uma criança recebe regras e normas se refletirá em sua vida adulta, tanto em âmbito pessoal e familiar, como no mundo do trabalho.

Trabalhar requer estar sujeito a várias regras, inerentes ao próprio trabalho ou ao relacionamento entre os colegas. Acatar regras cegamente pode ser a via mais fácil, mas certamente trará cicatrizes internas, pelos “sapos” que uma pessoa vai precisar engolir. É uma atitude herdada do primeiro setênio, quando a criança imita os adultos como forma de descobrir o mundo. Rebelar-se sistematicamente contra elas (que é a atitude predominante na adolescência) também é uma atitude extrema, que trará mais problemas do que soluções à vida do sujeito. Saber discernir o que pode ser aceito daquilo que se deve tentar mudar depende de ter recebido regras justas na infância.

A figura da autoridade amada pode ressurgir na vida adulta, desta vez como um tutor ou mentor, alguém mais velho e mais experiente que reparte sua sabedoria adquirida com um jovem que está começando. É uma simbiose, na qual soma-se à sabedoria de alguém experiente a vitalidade e vontade de um iniciante. É uma aliança que pode ser muito benéfica para ambos e para a empresa em que trabalham.

Saber respeitar regras sem dobrar-se a elas é um aprendizado difícil, mais ainda para quem recebeu uma educação ou repressora demais ou excessivamente liberal. Enquanto alguns pais e professores exigem uma obediência cega aos seus ditames, outros dão à criança ainda imatura uma autoridade que pode transformá-la em um adulto déspota, que não admite contrariedades ou frustrações.

Conciliar as regras com uma atitude empática, carinhosa e apoiadora permite à criança entender o objetivo das regras e desenvolver-se num adulto que sabe discernir o que precisa ser respeitado do que precisa ser modificado, com propostas e não com força, como aprendera pela convivência com uma autoridade amada.

Relembre essa fase de sua vida

  • Você reconhece alguém que tenha ocupado esse papel de “autoridade amada” em sua vida? O que você admirava nessa pessoa?
  • Como eram as normas recebidas em sua família?
  • O que percebia como valorizado numa profissão pela sua família? Ganhar dinheiro? Ter sucesso? Realizar-se como pessoa?
  • Como você sente que isso possa ter influenciado suas escolhas profissionais?

Artigo originalmente publicado na Revista Personare.