Faculdade, início da vida adulta e casamento de Hahnemann

Posso testemunhar por mim mesmo, que também em Leipzig eu pratiquei uma das máximas de meu pai, de nunca ser um ouvinte passivo.”

Este trabalho paralelo foi possível pelo seu conhecimento de diversas línguas. Ele deu aulas particulares de francês e alemão para um jovem grego muito rico. Também traduzia livros do inglês para o alemão. Só em Leipzig ele traduziu quatro livros do inglês para o alemão. Com as traduções, além de ganhar dinheiro, havia um ganho de conhecimento médico. Nesta época, Hahnemann começa a praticar atividades físicas regulares, como caminhadas, para suportar a pressão mental. Este hábito ele manterá até os seus últimos dias.

Também em Leipzig, Hahnemann só assistia às aulas que ele considerava importantes para seus propósitos, mesmo tendo conseguido um passe livre para todas as aulas e palestras de todos os professores de medicina de Leipzig, graças à indicação do Dr. Bergrath Pörner, um renomado médico local que admirava sua inteligência e seus esforços para tornar-se médico, e que havia sido alertado sobre os dotes de Hahnemann pelo Reitor Müller. Contudo, a Faculdade de Medicina de Leipzig, apesar de ser a mais renomada da Alemanha à época, não dispunha de um hospital-escola, onde os alunos pudessem aprender supervisionados pelos seus professores, e isto decepcionou muito Hahnemann, que passou a ler muito mais do que assistir aulas. Um professor de Leipzig que ele admirava muito era o Professor Johann Zeune, a quem ele dedicou um poema em latim

Aos 21 anos, em 1776, Hahnemann decide mudar-se para Viena, onde freqüentava o Hospital dos Irmãos de Misericórdia em Leopoldstat, sob a direção de Dr. Von Quarin, que era o médico particular da Imperatriz Maria Teresa e do Imperador José II. Para esta mudança ele precisou de dinheiro, e relata em sua autobiografia que “uma piada de mau gosto” retirou-lhe boa parte do que economizara em seus dois anos em Leipzig, podendo ter sido roubado ou não ter sido pago por algum amigo que tenha lhe tomado dinheiro emprestado, contudo ele não menciona aquele que perpetrou este desfalque, preferindo perdoá-lo. Com muito pouco dinheiro ele empreendeu esta viagem para Viena, e lá não contava com nada para sua subsistência.

Estes obstáculos não o demoveram de suas decisões, e já em Viena, o Dr. Von Quarin admirou seu entusiasmo e tornou-se seu amigo e demonstrou esta admiração levando-o junto para visitar seus pacientes particulares, regalo que nenhum outro pupilo alcançara, e assim Hahnemann obteve os ensinamentos tanto teóricos quanto práticos que perseguia, mesmo sem poder pagar um centavo a seu tão dedicado tutor.

Após nove meses, as dificuldades financeiras cada vez mais impactantes, já que não tinha nenhuma atividade colateral em Viena por absoluta falta de tempo, veio a seu socorro o próprio Dr. Von Quarin, que o indicou para o Governador da Transilvânia, o Barão Samuel von Bruckenthal, que o contratou para organizar sua biblioteca e valiosa coleção de moedas, e atuar como médico de sua família. Mudou-se então para a Transilvânia após tão breve estada em Viena, mas deve ao Dr. Von Quarin todo o renome que alcançou posteriormente. Chegou lá aos 22 anos e logo ingressou na Maçonaria. Lá começou a atender como médico, embora ainda não estivesse formado, e tratou de muitos casos de malária, endêmico na região, tendo sido acometido por ela também neste período, tendo sido tratado com o pó de quinquina, que lhe causou violentos ardores estomacais.

Aos 23 anos, morando em Hermannstadt, Transilvânia, aproveitou para aprender as línguas locais, além do alemão, quais sejam, romeno e húngaro e umas variedades de eslovaco misturadas. Também dedicava-se ao estudo de outras línguas, e já dominava o Alemão, o Francês, o Inglês, o Espanhol, o Latim, o Grego, o Romeno, o Húngaro e o Hebraico ao deixar Hermannstadt.

Aos 24 anos, após 1 ano e 9 meses aí residindo, voltou à Alemanha para concluir seus estudos de Medicina. Sua estada na Transilvânia proporcionou-lhe os meios financeiros para tal empreitada. Hahnemann escolheu a faculdade de Erlangen, de muito menor reputação do que Leipzig, mas muito mais acessível financeiramente. Outro motivo para escolher Erlangen deve ter sido por esta ser uma das novas Universidades criadas sob a inspiração do movimento cultural chamado ‘Iluminação’, que respeitava a liberdade de opinião e de ensino, estimulando o espírito crítico entre os seus alunos. Certamente, esta Universidade era mais condizente ao espírito inquieto e independente de Hahnemann. Apresentou a monografia intitulada “ Uma visão das causas e tratamento das cólicas”, e depois agradeceu aos seus pais, ao Reitor Müller, ao Dr. Von Quarin, e ao Barão Von Bruckenthal.

Hahnemann permanece um ano em Erlangen, aperfeiçoando seu aprendizado. Aos 25 anos, busca sua primeira instalação como médico, e decide-se pela região da sua Saxônia natal, numa pobre cidade mineira de quatro mil habitantes chamada Hettstedt, chegando lá aos 25 anos. Como muitos habitantes adoeciam devido à manipulação do cobre das minas, Hahnemann traduz um livro sobre as propriedades do cobre e suas intoxicações. Por estar numa cidade com uma população tão pobre, seu consultório permanece vazio, e Hahnemann preenche seu tempo livre escrevendo artigos médicos, um em especial sobre a sífilis, que é publicado no jornal Observações Médicas de Krebs, tornando-o conhecido no meio médico. Aproveita também o tempo livre para estudar mineralogia e química, sendo que este último era o assunto que mais crescia na Europa de então, desde os trabalhos de Van Helmont e Boyle no final do século XVII.

Aos 26 anos, acossado pela necessidade, deixa Hettstedt e instala-se em Dessau, na mesma região, porém muito mais rica e com uma vida cultural importante, com teatros e salas de concerto.

Sua clientela foi gradativamente crescendo, junto aos seus estudos de química, que o levam a conhecer um importante farmacêutico da cidade, chamado Häseler, dono de uma bela farmácia localizada no centro da cidade. A farmácia, à época, era o segundo principal local(só ficando atrás das tabernas) onde os homens reuniam-se para conversar sobre negócios, política e outros assuntos, nas cidades da Europa. Junto à farmácia ele mantinha um laboratório de química, para o qual convidou Hahnemann para freqüentar e participar de suas experiências químicas. Cabe lembrar que nesta época a química era profundamente ligada à alquimia, e foi este farmacêutico que o iniciou nesta arte e ciência. Posteriormente Hahnemann introduziu na farmacopéia homeopática remédios derivados destas experiências alquímicas, como o Mercurius vivus, o Hepar sulphur e o Causticum.

Häseler, seu amigo farmacêutico, é padrasto de uma linda jovem de cabelos negros e grandes olhos castanhos, chamada Johanna Leopoldina Henrietta, nove anos mais nova que Hahnemann, ou seja, 17 anos nesta época. Henrietta era herdeira de seu pai, que também fôra farmacêutico. Hahnemann apaixonou-se por ela, e como ainda não desfruta de uma vida confortável financeiramente, busca novos meios de subsistência, pois não admite ser sustentado pela esposa ou pelos sogros. Häseler o indica para um posto de médico higienista numa cidade a quarenta quilômetros de Dessau, chamada Gommern, onde receberia um salário modesto, mas fixo, e poderia abrir um consultório nesta cidade. Gommern era pouco populosa, cerca de mil e quinhentos habitantes, mas era uma cidade próspera devido à agricultura e pecuária.

Em Gommern, a clientela também não aparece, e Hahnemman não consegue ganhar a vida. Contudo ele permanece aí e casa-se com Henrietta em 1782, aos 27 anos, em Dessau, e a leva para sua casa, que não é nada confortável. Seus sogros não apreciam muito o casamento, e Häseler fez um comentário a amigos, “ninguém casa-se com um sujeito esquisito como este!”. Um de seus presentes de casamento mais queridos foi um leque de marfim, exibindo uma cena de família, pintado pelo seu próprio pai, que Hahnemann ganhou um mês antes do casamento ao visitar seus pais.

Sua clientela é escassa em Gommern, e seu tempo livre é dedicado ao estudo da medicina e às experiências químicas com Häseler. Retoma as traduções, e dedica-se a traduzir alguns importantes livros técnicos de química, que ajudaram a impulsionar a indústria química na Alemanha. Suas traduções são acrescidas de correções técnicas e anotações pessoais.

A juventude de Hahnemann

O Reitor, Mestre Müller, amava-me como se eu fosse seu próprio filho.”

Aos 15 anos, passou a estudar na Escola do Príncipe, por um especial convite do Reitor Müller, que transferiu-se para lá e arranjou para que Hahnemann não pagasse nada. O lema da escola, escrito logo no portão de entrada era ‘Sapere Aude’ (ousa saber), e depois Hahnemann o usaria na capa do Organon, seu mais importante escrito, a partir da segunda edição. Seus professores reconheciam seu talento e dedicação, não lhe cobrando tarefas escritas ou cópias, e deixando que ele só assistisse às aulas que considerava importantes para sua formação. Ele não era interno na escola, e dormia na casa do reitor, a quem ajudava nas correções de lições.

Formou-se na Escola do Príncipe aos 20 anos, tendo apresentado uma dissertação em latim, como era costume na época, intitulada “A Maravilhosa Construção da Mão Humana”. Após sua apresentação, expressou sua gratidão à ajuda e suporte recebidos em seus anos de estudo do Reitor Müller e dos outros professores, de seus pais e de seus irmãos. Este agradecimento foi feito através de um poema que ele escreveu em francês, sendo ovacionado pelos presentes à formatura ao retirar-se do púlpito em direção às cadeiras para juntar-se aos seus pais.

Ainda aos 20 anos ingressou na Universidade de Leipzig, e daí em diante afastou-se praticamente completamente de sua casa paterna, só tendo tido oportunidade de voltar uma vez, e depois nem para as festividades. Seus anos de estudo sempre foram marcados pela dedicação de muitas horas sobre os livros e pelo trabalho paralelo para custeá-los.

Início da vida estudantil de Hahnemann

Meu pai não queria que eu estudasse.”


Seu interesse pela natureza expressa-se logo cedo, recolhendo amostras de plantas nos seus passeios pela região, e depois separando-as, organizando-as e guardando em casa.

Ele estudou em uma tradicional escola de Meissen, a Escola do Burgo, até os 15 anos. O reitor da escola, o Professor Johann Müller, o amava como a um filho, e lecionava redação e línguas antigas. Por dificuldades financeiras, seu pai o retirou da escola algumas vezes para trabalhar e ajudar no orçamento doméstico, mas, atendendo aos insistentes pedidos dos professores, permitiu que ele voltasse a estudar, onde não lhe era mais cobrado nada. O menino Samuel tinha um excepcional talento para aprender idiomas.

Ainda enquanto estudante, aos 12 anos, o reitor o convida para lecionar grego em sua escola. Seus colegas também o tinham em alta consideração. Estudava muito e não fazia atividades físicas, o que o levava a adoecer freqüentemente.

Numa das vezes em que seu pai o retirou da escola, o enviou aos 14 anos para outra cidade, Leipzig, para trabalhar numa padaria, onde vivia como aprendiz. Por gostar muito de estudar, o rapaz fugiu da padaria e voltou para casa, onde sua mãe o escondeu por vários dias, com medo da reação de seu pai, até que ela preparou o terreno para que o pai escutasse o que Samuel tinha a dizer sobre seus sonhos de vida, ligados à ciência e à pesquisa. Gostava tanto de estudar que fez um pequeno candelabro de barro para usar à noite e poder estudar escondido. Neste setênio já lia os clássicos em grego e latim.

Hahnemann não seguiu a tradição de sua família de artistas, mas tinha um certo talento artístico. Ele enfeitava seus cadernos de estudo e suas cartas com desenhos, e tinha um senso de humor demonstrado quando assinava seu nome através de um desenho de um galo com o sufixo “-emann” (“Hahn” significa galo em alemão).

A primeira infância de Hahnemann

Nasci em 10 de abril de 1755, no eleitorado da Saxônia, uma das mais bonitas regiões da Alemanha. É uma das razões do meu grande amor pelas maravilhas da natureza.”

Há poucas informações relativas à primeira infância de Hahnemann, sendo a maior parte delas proveniente de sua autobiografia.

Nasceu em Meissen, em 10 de abril de 1755, pouco antes da meia-noite. Meissen fazia parte da Saxônia, na Alemanha ainda não unificada, região fronteiriça à Europa Eslava, e contava então com cerca de quatro mil habitantes. Esta região tinha tradição metalúrgica e alquímica, devido às minas de prata, chumbo e zinco. Nesta região brota o rio Elba, e suas principais cidades são Leipzig e Dresden. Foi também nesta região que Martinho Lutero iniciou a Reforma Protestante. E é importante ressaltar que Hahnemann nunca irá afastar-se desta região ao longo do rio Elba enquanto residir na Alemanha.

O menino Samuel foi levado à Igreja Luterana logo na manhã do dia 13 de abril para ser batizado, pois era muito frágil e esperava-se o pior. A parteira apadrinhou-o, após um parto muito difícil. Recebeu o nome Christian Frederico Samuel Hahnemann, mas sempre foi chamado de Samuel, para não confundir com o nome do pai. Hahnemann é o terceiro de cinco filhos, Carlota (nascida em 1752), Carlos Geraldo (1754), o próprio Samuel (1755), Augusto (1757) e Benjamina (1759), que era carinhosamente chamada de ‘Minna’ por toda a família.

Sua mãe é meiga e atenciosa. Seu pai tem um lema sempre repetido: “Agir e ser sem aparecer.” Sua mãe e seu pai assumem a educação dos filhos, ensinando-lhes a ler, escrever, calcular. Mostram-lhes as belezas da natureza nos arredores de Meissen. São criados sob os preceitos da religião luterana. Seu pai usa um método especial para educar os filhos. Leva os meninos para a fábrica e deixa as meninas com a mãe. Enquanto pinta, dá-lhes um ou dois pensamentos para que possam meditar sobre eles. Depois, recolhe suas reflexões e as comenta. Com isso, molda o espírito de independência e o sentido crítico das crianças. Christian Hahnemann era um pai severo que não permitia que os filhos usassem expressões vulgares em seu linguajar, apesar de Hahnemann afirmar posteriormente que interessava-se pela forma de falar das pessoas simples de Meissen.

Sua saúde é muito frágil, e esta fragilidade o acompanhará por muitos anos. Aos 6 anos, perde seu irmão imediatamente mais velho, Geraldo, que estava com 7 anos, assim o menino Samuel passa a ser o primogênito entre os meninos da casa, o que lhe traz responsabilidades em relação a ajudar no sustento da família.

Este primeiro setênio do menino Samuel afeta a família Hahnemann de forma especial devido à Guerra dos Sete Anos, iniciada em 1756, em que a Prússia e a Áustria disputaram a região da Silesia. Meissen foi invadida pelos prussianos, auxiliados e insuflados pelos ingleses, e saquearam o que ali se produzia de melhor, a porcelana e os tecidos, trazendo anos de dificuldade financeira para todos os seus habitantes.

Quem foram os ancestrais de Hahnemann

Avô paterno: Christoph Hahnemann, era pintor de porcelana, tinha um irmão chamado Christian Hahnemann. Viveu em Lauchstedt, na Saxônia, onde chegou em 1707. Era uma cidade muito pequena, com cerca de 1000 habitantes, de hábitos rurais, que servia como local de veraneio dos Duques da Saxônia. Eles eram pessoas destacadas na cidade. Ele teve sete filhos, 3 meninos e 4 meninas. Christoph e seu irmão, por serem pintores de porcelana e aquarelistas, mudaram-se para Meissen para trabalhar na Manufatura Real de Porcelana, como pintores decorativos. Esta foi a profissão também seguida pelo pai de Hahnemann.

Pai: Christian Gottfried Hahnemann, nasceu em Lauchstedt, em 24 de julho de 1720, onde viveu por 14 anos. Casou-se aos 28 anos com Johanna Eleonora Deeren, filha única do alfaiate da corte, em 1748, em Meissen, onde também era pintor de porcelana. Nove meses após casado, sua esposa morreu após dar a luz a gêmeas, sendo que uma nasceu morta e a outra morreu após nove meses. O pai de Hahnemann torna-se um homem fechado, carrancudo, viúvo aos 29 anos. Em 1750, casou-se novamente, com Johanna Christiana Spiess. Compra uma casa grande em Meissen e leva uma vida próspera. Escreveu um pequeno livro sobre aquarela. Também seu irmão mais novo era pintor de porcelana. Tinha um lema e o ensinou aos filhos: “Ser e agir sem ostentação.”

Mãe: Johanna Christiana Spiess, era filha única de um capitão que estava temporariamente prestando serviço em Meissen.

Christian Friedrich Samuel Hahnemann

A vida de Hahnemann comporta algumas peculiaridades que devem ser observadas antes de descrevê-la pormenorizadamente. Em primeiro lugar, Hahnemann viveu mais de 88 anos, o que era extremamente raro no século XVIII. Ele nasceu em 1755 e faleceu em 1843, tendo passado a maior parte deste tempo na Alemanha, que não era um país unificado, mas um amontoado de cidades-estado que frequentemente enfrentavam-se em disputas de poder, e que depois foram todas dominadas por Napoleão e seu exército. Nos últimos anos de sua vida ele desfrutou da fama e expandiu o nome da Homeopatia em Paris, à época a cidade mais importante culturalmente no mundo, o farol para onde todas as mentes em busca de conhecimento e novidades voltavam-se avidamente.

Esta é a história de um homem que criou uma ciência de curar eficaz, rápida e segura, partindo unicamente de fatos, os quais ele observava atentamente para só depois deles extrair hipóteses e teorias. É a história de um homem obstinado, quase arrogante, que não se curvou ao senso comum nem para evitar a fome sua e de sua numerosa família. Um homem que defendeu arduamente o ideal de curar sem prejudicar, contra uma classe médica irada que não podia aceitar que este médico de origem humilde fosse ensinar-lhes uma nova arte e ciência de curar. Um homem que até seus últimos dias cuidou de aprimorar seu legado maior à Humanidade, a Homeopatia. Hoje a Homeopatia sobrevive e expande-se pelo mundo todo, mas nada disso teria ocorrido se seu visionário fundador tivesse sido mais complacente com seu pares da época. O ódio que os seus opositores lhe nutriram abertamente em vida, hoje foi amplamente sobrepujado pelo amor e gratidão de milhões de médicos homeopatas e pacientes beneficiados pela Homeopatia.

Eu sou grato em primeiro lugar por ser um médico homeopata e, em segundo lugar, por ter tido a oportunidade de fazer este estudo da vida deste grande mestre da humanidade, um homem muito à frente do seu tempo, talvez à frente até do nosso tempo, que captou a essência da matéria e a entregou a nós todos de forma metódica para que possamos perpetuar seu trabalho de trazer saúde verdadeira a nossos irmãos e irmãs que sofrem as mais diferentes mazelas do corpo e da alma. Em sua lápide ele mandou escrever: Non inutilis vixi (Não vivi em vão). Como se houvesse alguma dúvida… Muito obrigado, Christian Friedrich Samuel Hahnemann.

Marcelo Guerra

Páscoa e Liberdade

A Páscoa é comemorada pelos judeus e pelos cristãos. Para os judeus, representa a libertação da escravidão no Egito, mais especificamente, a passagem do anjo da morte matando os filhos daqueles que escravizavam os judeus. Para os cristãos, representa a ressurreição de Jesus no 3º dia após sua morte. Em ambas as situações, a Páscoa simboliza a vitória sobre a morte.

Podemos pensar na morte em si, mas também nas ‘mortes’ que vivemos diariamente, como a morte dos nossos sonhos, das nossas ideologias. A maior morte que vivemos é viver uma vida sem sentido, presos a convenções sociais, repetindo hábitos e costumes, enquadrados em padrões de comportamento. A liberdade maior é encontrar o sentido da própria história e viver dentro deste sentido. E isto não é fácil, mesmo porque a liberdade que nos é presenteada não é liberdade de verdade. Para sermos livres precisamos lutar pela nossa própria liberdade.

Uma dica para esta Páscoa: assista o filme Um Sonho de Liberdade e preste atenção ao discurso do personagem vivido por Morgan Freeman.

Feliz Páscoa e busque sua liberdade do que lhe amarra a partir dela!

Um Sonho de Liberdade

Seguindo os rastros de Hahnemann

No dia 10 de abril é comemorado o aniversário de Samuel Hahnemann, o médico que fundou a Homeopatia. Há alguns anos eu fazia um curso cujo trabalho de conclusão era escrever a biografia de alguma personalidade. Eu fiz a dele e passei a admirá-lo ainda mais! Desde então me despertou o desejo de conhecer os lugares onde Hahnemann morou, e não foram poucos. Pois bem, este ano eu irei à Alemanha conhecer algumas dessas cidades, deixando outras para uma possível e desejada futura viagem. Começarei por Leipzig, onde ele estudou e trabalhou, de lá partindo para várias cidades em volta, que estão relacionadas com sua biografia, como Meissen, onde ele nasceu.

Aqui pretendo postar como eu senti esses lugares.