Psicoterapia Antroposófica


Linha alternativa de abordagem psicoterápica com base na filosofia criada pelo pensador austríaco Rudolf Steiner, no final do século XIX. Baseando-se nos estudos esotéricos da Helena Petrowna Blavatski e na teoria filosófica de Goethe, Steiner criou a Antroposofia suas inúmeras aplicações em todas as áreas do conhecimento humano (Medicina, Farmácia, Arquitetura, Engenharia, Dança, etc). A Psicologia Antroposófica foi uma lacuna deixada por Steiner e que passou a ser preenchida na segunda metade do século passado por autores como Rudolf Treichler e seu filho Markus Treichler, porém sem conformar-se ainda como uma teoria completa. Uma das grandes contribuições para o entendimento da Psicologia Humana é o estudo da Biografia. No Brasil, a médica alemã Gudrun Burckhart desenvolveu centros de estudo biográfico, como o Artemísia em São Paulo, onde pessoas se propõem a passar um final de semana ou um semana, revendo em grupo o curso de suas vidas. Como psicoterapia propriamente dita, a Antroposofia ainda conseguiu se definir até o momento. O que se vê é que existe uma tendência forte em unir as idéias antroposóficas à outras linhas pré-existentes, variando muitíssimo de terapeuta para terapeuta. Terapias coadjuvantes ligadas à Antroposofia podem ser muitos úteis, quando associadas a uma psicoterapia: Massagem Rítmica, Eurithmia Curativa e Terapia Artística, por exemplo. A própria medicação antroposófica (homeopática, fitoterápica ou alquímica) facilita muitíssimo o desenrolar do processo psicoterapêutico, seja em que linha for.

Artigo escrito por Dr. Bernardo Lynch de Gregório

O quê e onde estudei

Sou médico atendendo no Rio de Janeiro e em Nova Friburgo (RJ) , trabalhando com Medicina Homeopática, Acupuntura Médica e Psicoterapia baseada na Biografia Humana.

Natural de São Gonçalo (RJ), nasci em 1965, estudei no Colégio Municipal Presidente Castello
Branco até a oitava série. Fiz o Ensino Médio (no meu tempo chamava-se Segundo Grau) em Niterói, no Instituto Gay-Lussac. Passei no Vestibular para Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde estudei até 1989.

Em 1987, ainda durante a Faculdade, entrei para a Escola de Psicanálise de Niterói (já destruída por sucessivas dissidências), onde participei do curso de formação de Psicanalistas por 2 anos.

Após graduar-me como médico, porém, decidi trabalhar como Pediatra (especialidade em que fiz internato), abandonando a prática de Psicanalista. Devo a meus estudos em Psicanálise a capacidade de ouvir os pacientes de forma a reconhecer o que necessita ser tratado em cada caso.

Em 1993 fui aprovado no Concurso para Título de Especialista em Pediatria, da Sociedade Brasileira de Pediatria, tornando-me Especialista em Pediatria.

Em 1990 comecei o Curso de Especialização em Homeopatia da Sociedade de Homeopatia do Estado do Rio de Janeiro (SOHERJ), mas, após 1 ano, resolvi mudar para o curso do Instituto Hahnemanniano do Brasil (IHB), a mais tradicional escola de Homeopatia do país, fundada há mais de 100 anos, onde concluí em 1993.

Em 1994 participei do Curso de Fitoterapia promovido pela AFHERJ (Associação de Farmacêuticos Homeopatas do Estado do Rio de Janeiro).

Em 1997 fui a Kathmandu, no Nepal, onde trabalhei voluntariamente no Himalayan Healing Centre, fundação assistencial mantida pelo Lama Gangchen Rimpoche. Nessa oportunidade, entrei em contato com diversos ramos da Medicina Oriental, como Medicina Ayurvedica, Medicina Tibetana, Yogaterapia, … e fiquei fascinado pelos métodos usados e resultados obtidos em muitos, milhões mesmo, de pacientes. Fiz diversos cursos lá e, desde então, estou destrinchando os detalhes nas dezenas de livros que comprei lá (não sou rico, os livros lá no Nepal e na Índia são baratos demais!), tiro as dúvidas (que não são poucas) com os meus professores de lá (Dr. Rajesh e Dr. Koiralla). Contudo, o que mais ficou desta experiência foi a forma de atender o paciente, como um ser humano integral, que sente dor, que sente emoções, que tem doenças orgânicas mas continua sendo uma pessoa que sofre.

Em 1998 comecei a Pós-Graduação em Acupuntura e Eletroacupuntura na ABACO (Academia Brasileira de Arte e Ciência Oriental), no Rio de Janeiro, tendo concluído em agosto de 2000.

Em 2000, participei de um curso de introdução à Antroposofia, promovido pelo GAIA – RJ (Grupo de Iniciativas Antroposóficas do Rio de Janeiro). Voltei em 2006 para fazer o curso de Fundamentação em Antroposofia.

A partir de 2000 comecei a participar do workshop do GEHSH (Grupo de Estudos Homeopáticos Samuel Hahnemann), no Rio de Janeiro, sob a coordenação do “Tio” Aldo Farias Dias, um Mestre no sentido mais amplo da palavra! E participei do workshop até dezembro de 2005. Sinto falta…

Em 2005, trouxemos o “Tio” Aldo para um Seminário em Nova Friburgo, e isso gerou um grupo, que batizamos de Hydrogenium, pelo desejo de ser um com o todo, e estamos reestudando os medicamentos homeopáticos pela Abordagem Sistêmica e fazendo patogenesias.

Desde 2005 participo do curso de Formação em Terapia Biográfica, promovido pelo Núcleo de Formação Biográfica de Minas Gerais, sob a coordenação das professoras Angélica Justo e Berenice von Rückert. Com este curso, retorno às origens de minha carreira, quando meu interesse principal era a Psicanálise.

Em 2006 iniciei uma outra especializalização em Plantas Medicinais, desta vez na UFLA (Universidade Federal de Lavras).

Sou professor de Acupuntura no curso de Pós-Graduação em Acupuntura do Instituto Flor de Lótus, em Nova Friburgo.

Meu trabalho, além de lecionar, é realizado basicamente em consultório médico, com Homeopatia, Acupuntura e Psicoterapia. No fundo, sou um Clínico Geral à moda antiga, que atende pacientes com as mais diferentes queixas, como alergias, doenças reumáticas, depressão, problemas emocionais, nenéns com cólica, refluxo, etc. Isto torna minha prática sempre dinâmica, porque eu nunca sei que tipo de queixa me aguarda quando eu chamar o próximo paciente, a única certeza é que eu vou atender uma PESSOA que sofre e quer solução para seus sofrimentos.

Endereços de Atendimento:

Rua Uruguaiana, 39, 3º andar – Centro – Rio de Janeiro – RJ

Tel: (21) 2224-3975

Praça Marcílio Dias, 56 – Centro – Nova Friburgo – RJ

Tel: (22) 25239342

E-mail: marceloguerra@gmail.com

Relacionamentos e Auto-responsabilidade


Por: Maria Aparecida Bressani
Jung diz que todo relacionamento é 50% de responsabilidade para cada
uma das partes.
Um relacionamento, na verdade, é resultado do que as partes colocam
nele. Cada pessoa contribui com sua porção para a evolução da relação
e ajuda a determinar para que direção esta irá evoluir. Da mesma
forma, todas as pessoas que estão se sentindo sós estão à procura de
alguém para se relacionar, pois esta é condição essencial do ser
humano.

No consultório, o que percebo é que as pessoas que trazem suas queixas
sobre seus respectivos e frustrados relacionamentos sempre tratam de
uma mesma dinâmica, ou seja, parece que escolhem sempre o mesmo tipo
de pessoa – embora os comportamentos possam até diferir muito – porque
acabam por estabelecer um mesmo tipo de relacionamento, como se
houvesse um script já pronto. No momento em que estabelecem suas
relações, sempre com altas expectativas de que aquele relacionamento
seja diferente – afinal aquel a pessoa é “diferente” de todas as
outras com quem já se relacionaram – acabam por decepcionar-se por
viver um déjà vu.

Nos scripts, a tônica frustrante pode variar para cada um. A tônica
pode ser a falta de respeito; para outros pode haver atração física,
mas falta admiração e até educação entre as partes ou por uma das
partes; em outros casos, existe manipulação ou traição; há scripts
onde a dinâmica é inferiorizar o outro ou confundi-lo,
desestabilizando a sua auto-estima e a sua autoconfiança.
Quando uma pessoa se vê entrando e saindo de relacionamentos onde sua
queixa quase sempre se resume numa única questão (como se realmente
houvesse um script prévio), deve parar e ater-se ao que acontece e ao
porquê de sempre atrair um mesmo tipo de pessoa, pois mesmo que lhe
pareça ser diferente no princípio (superficialmente), numa observação
mais profunda, não o é.

Na psicologia junguiana entendemos que há um script interno de como
viver a vida que determina as e scolhas pessoais, como também tem o
script interno de como “funciona” uma relação. Este script é a base da
própria personalidade. Por isso, é importante que uma pessoa que passa
por várias relações ou vive uma longa relação frustrante faça uma
auto-análise honesta para poder constatar o que de fato acontece.
Afinal, tudo o que acontece consigo lhe diz respeito, pois tem sua
participação e contribuição. E é preciso entender; o que acontece
consigo é para resolver e não para ficar sofrendo indefinidamente.

No começo os relacionamentos podem começar animados, apaixonados e
cheios de promessas de felicidade, mas com o passar do tempo começa a
ocorrer um acomodamento – como que em camadas – vai havendo uma
espécie de ajuste da dinâmica de personalidade de cada um e a relação
– como resultado – encontra sua própria dinâmica, que pode gerar
satisfação ou insatisfação para as pessoas envolvidas.

Numa relação tem que haver basicamente admiração, gentileza, educação,
res peito e atração física e intelectual – mútuas. O resultado será
companheirismo, amizade, excitação sexual e intelectual e satisfação –
mútuas. Quando falta algum desses ingredientes básicos fica sempre a
sensação de frustração e, conseqüentemente, gera sentimento de
tristeza, decepção ou menosprezo pelo outro, levando ao movimento de
rompimento do relacionamento ou a tentar modificá-lo. Se é escolhida a
segunda opção, a partir daí começa uma guerra e não mais uma relação
amorosa (proposta inicial). E qual será o resultado? A resposta:
Sofrimento.

Tem pessoas que mantém relações seguidas ou vivem anos em guerra com o
outro acreditando que esse outro poderá mudar, mas na verdade, o
desejo é que conseguirá ter o poder de mudar o outro para aquilo que
espera e deseja para a sua própria satisfação.
E quando a relação acaba – para sua surpresa – muitas vezes não
entende o que aconteceu. Esse é um dos scripts – uma das formas de
manipulação. Aqui é perceber que ninguém t em o poder de mudar
ninguém, que cada um é o que é e que a mudança ocorre – quando e se
ocorrer – devido à necessidade interna e, nunca, por pressão externa.

Antes de tentar modificar alguém ou sofrer numa relação frustrante é
importante entender que cada pessoa tem sua personalidade própria e
que todos temos nossos “códigos” sobre o que é amor, sobre o que é a
vida e sobre o que é relacionamento.
E, embora muitas pessoas usem as mesmas palavras para expressar suas
necessidades sobre o amor, sobre a vida e sobre relacionamentos, não
significa que seus “códigos” sobre estas questões sejam semelhantes. E
a grande armadilha é que ao ouvir as mesmas palavras as decodificam a
partir de seu próprio “código” pessoal e acreditam que encontraram
quem procuravam, pois “querem” a mesma coisa de um relacionamento. O
conflito aparece quando o comportamento do outro não se encaixa com a
expectativa, fruto daquela decodificação; a primeira sensação é de
susto e depois, de medo.< BR>A auto-responsabilidade é entender que as
relações são compostas de, no mínimo, duas pessoas; por isso, estão em
jogo dois corações, duas perspectivas e expectativas sobre o
relacionamento proposto (crenças e valores) e dois quereres.
É entender que adaptação e concessão são necessárias, mais que isso é
anulação. E quando há anulação de uma das partes ambos estão sozinhos
e não estão compartilhando uma relação.
É a famosa solidão a dois!

É entender que a premissa básica para estabelecer companheirismo numa
relação é a aceitação um do outro. E para aceitar o outro como o outro
é precisa, primeiramente, aceitar-se a si próprio.
É, principalmente, entender que ninguém – a não ser nós próprios –
temos o poder de nos fazer feliz!

Maria Aparecida Bressani é psicóloga e psicoterapeuta Junguiana,
especializada em atendimento individual de jovens e adultos, em seu
consultório em São Paulo.

DOENÇA É TEMPO DE PARAR PARA REFLETIR


(Entrevista publicada no jornal Folha de São Paulo, suplemento Equilíbrio, em 25/1/01)

Quem é ela

Nome: Gudrun Burkhard.
Idade: 71 anos.
Profissão: Médica antroposófica, clínica-geral e terapeuta biográfica.
O que faz: Dá cursos de biografia humana para terapeutas e médicos no Brasil e na Europa.
Filosofia de vida: A cura das doenças só acontece quando o homem consegue mudar seus hábitos e harmonizar os lados intelectual e afetivo.

A idéia de que desequilíbrios da vida cotidiana contribuem para que doenças apareçam e influem na cura já foi incorporada pelo estabelecimento médico. Mas, quando se formou em medicina pela USP em 1954, a médica paulista Gudrun Burkhard teve de ir até a Suiça para estuda e como cabeça e corpo caminham lado a lado na busca pelo bem-estar. De lá para cá, Burkhard virou um dos gurus da medicina antroposófica no Brasil, fundou duas clínicas, escreveu 12 livros e formou dezenas de discípulos. Aos 71 anos, continua reclamando que a medicina clássica não enxerga o homem como um todo e insiste que mudanças de hábito são tão importantes para a cura quanto remédios de última geração. Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

Folha – Como você entrou em contato com a Antroposofia?

Gudrum Burkahard – Quando me formei em medicina pela USP, em 1954, achei que precisava completar a formação clássica que havia recebido na faculdade. Nós tínhamos uma visão unilateral das doenças e da cura, sem considerar a individualidade de cada paciente, ignorando que o homem não era só um corpo físico, que ele também sentia, pensava e agia. Pouca gente na época dava importância à influência de fatores psicológicos no desenvolvimento da doença e na busca da cura. Fui, então, para a Suíça, onde havia uma clínica que já trabalhava com medicina antroposófica desde a década de 20. Fiz minha pós-graduação lé e, em seguida, voltei ao Brasil e comecei a atender em consultório particular.

Folha – Quem eram seus pacientes?

Burkhard – Eu atendia basicamente doentes crônicos, com câncer, esclerose múltipla, que não se sentiam satisfeitos com a resposta dada pela medicina clássica. Atuava também como clínica-geral, atendia do bebê ao avô. Em 69, fundei com meu marido a Clínica Tobias, só de medicina antroposófica. Lá, os pacientes crônicos ficavam semanas internados para revitalização e desintoxicação alimentar. Como o número de pacientes com estresse cresceu muito, abrimos outra clínica em 83, a Artemísia, para atender quem precisava de descanso e revitalização para resgatar a própria vida.

Folha – Como é o trabalho na Artemísia?

Burkhard – Os pacientes vão para lá para fazer o biográfico, que é um processo terapêutico no qual eles revêem seus passos de maneira que possam trilhar melhor o futuro. Também passam por reestruturação alimentar para desintoxicar o corpo e por outras terapias, como massagens e compressas.
Folha- A alimentação é tão importante assim?

Burkhard – As pessoas devem se alimentar de acordo com o estilo de vida que levam, e a dieta deve ser adequada ao trabalho. Não é tão importante quanto você come, mas o que come. Quem faz um trabalho mais intelectual não deve comer frituras nem carnes porque o organismo fica ocupado com a digestão e a cabeça não funciona tão bem. Essas pessoas devem comer grãos integrais e alimentos ricos em vitamina D e fósforo. Já quem trabalha mais com o físico deve adotar uma diética energética, abusar de massas e outros alimentos ricos em hidrato de carbono e com muita vitamina B.

Folha – Maus hábitos no dia-a-dia adoecem alguém?

Burkhard – Claro. Alimentação errada, falta de equilíbrio entre o lado afetivo e o profissional, uma vida cheia de conflitos, tudo isso influencia a saúde física do homem. Os desequilíbrios provocam distúrbios psicossomáticos, que podem resultar em estresse ou até câncer. A doença aparece para alertar que existe um desequilíbrio, e só o uso de remédios não vai resolver o problema. É preciso mudar os hábitos. Só que a maioria das pessoas ainda não se dá conta da importancia de os vários campos da vida estarem em harmonia. Tem gente que desenvolve muito o plano intelectual, mas deixa o sentimental de lado. Essa desarmonia cria espaço para que as doenças apareçam. Para ser saudável, é preciso descobrir se a pessoa obtém realização pessoal no trabalho, nas relações familiares, se ela tem tempo para fazer as coisas de que gosta ou se vive sempre em conflito.

Folha – Se a doença levar a hábitos mais saudáveis, então ela não é de todo ruim…

Burkhard – A doença é um alerta para mudar o ritmo do dia-a-dia. Fatores psicossomáticos afetam o corpo físico, a doença se manifesta, e a pessoa é forçada a dar uma parada obrigatória. O ideal seria que fizéssemos pequenas paradas espontâneas para ver como está a vida, mas ninguém faz isso. Quem leva uma vida cheia de desarmonia e não pára de vez em quando para corrigir o caminho que está trilhando termina sendo obrigado a parar quando a doença surge. Essa parada pode ser uma grande oportunidade para olhar para trás e ver o que está em desacordo com os desejos da pessoa.

Folha – E como se dá a cura?

Burkhard – O processo de cura começa com a busca do conhecimento interno, que é feito com o biográfico. Também damos aos pacientes a oportunidade de se expressarem pela pintura, modelagem, música. Cada um vai descobrindo aquilo que gosta, o que incomoda. O biográfico não é só uma forma de diagnóstico, é um processo altamente terapêutico. O autoconhecimento é fundamental para conseguir bem-estar e saúde. Você precisa conhecer as diversas paisagens por onde já passou para poder redirecionar o futuro adequadamente.

Terapia Biográfica para homens que agridem mulheres

Na Espanha, começou em 1998 um programa oferecido pelo Instituto de Reinserção Social, em que homens que agridem mulheres passam por uma sessões semanais de Terapia Biográfica, com o objetivo de deixaram de ser agressores. As sessões são em grupo, e há troca de experiências vivenciadas pelos participantes, muitas delas comuns a todos eles, como pais dependentes de álcool ou drogas, maus tratos sofridos na infância, abandono, desatenção. O reconhecimento da origem de suas atitudes violentas é o primeiro passo para que aprendam a controlar sua ira e possam viver um relacionamento de respeito e atenção com suas parceiras, permitindo que esses homens possam reconstruir sua dinâmica familiar e social.