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Tecendo o Fio do Destino: Autoconhecimento pela Antroposofia

tecendoCada um de nós nasce com um destino, não como um livro previamente escrito em que cada ato nosso está previsto, mas como uma missão a nós confiada. Isto faz com que a vida tenha um sentido e, muitas vezes, sofremos com angústia ou depressão por não percebê-lo claramente. Os fatos de nossas vidas estão aí para que encontremos o Fio do Destino que, junto com o nosso livre arbítrio, tece os acontecimentos tanto no nosso mundo interior quanto na nossa vida nas comunidades em que vivemos.
Este curso tem o objetivo de buscar o fio do destino de cada um, desembaraçá-lo, tecê-lo de forma diferente, mais confortável, mais de acordo com o sentido que queremos dar para nossas vidas. Para isso trabalharemos com fatos de nossas próprias vidas. Este trabalho será feito com palavras e arte, como aquarela, modelagem em argila, tricô, desenho, contos de fadas, vídeos, teatro, etc. Ninguém precisa ser artista para participar, é claro. Porém será uma oportunidade de apropriar -se da sua obra mais importante: a sua história, tornando-se dono e artífice da mesma. E desta forma, acrescentar detalhes, retocar e dar acabamentos em qualquer momento da sua vida.
Muitas das questões que nos colocamos hoje são percebidas de modo diferente quando as situamos no contexto mais amplo da vida toda. A troca de experiências de vida num grupo é enriquecedora e suaviza os sentimentos ligados a essas experiências. Permite identificações além de possibilitar um olhar de fora, como quando assistimos um filme, sendo testemunhas de fatos comuns, arquetípicos, ao desenvolvimento do ser humano.
Em Niterói, o Tecendo o Fio do Destino será realizado em 8 encontros quinzenais, começando em 17 de março, de 19h às 22h.

  • O valor total do workshop é R$ 680,00, divididos em 4 parcelas (cheques pré-datados) de R$170,00, sendo que a inscrição se dá mediante pagamento da 1ª parcela.
  • Os inscritos até 28 de fevereiro terão um desconto e o custo total passa a ser R$560,00 ou 4 parcelas de R$140,00 (cheques pré-datados).
  • E os inscritos até 14 de março também terão desconto, passando o custo total para R$600,00, ou 4 parcelas de R$150,00 (cheques pré-datados).

O número mínimo de participantes para a realização do curso é de 8 pessoas. Inscreva-se já, pessoalmente na Glia Cultura e Aprendizagem ou pelos telefones (21)3601-2092 e (21)7697-8982. Coordenação: Marcelo Guerra.

Em breve, teremos a definição de datas em que realizaremos o workshop em Nova Friburgo e Juiz de Fora. Fique de olho! Salve o endereço do site nos favoritos do seu navegador e nos visite. As Vagas são limitadas, e já estamos fazendo reservas para essas cidades.

Rua Nilo Peçanha, 142 – Ingá

  • Em Nova Friburgo: DAO Terapias

Rua Ernesto Brasílio, 14/408 – Centro

Contatos e informações:
Marcelo: marceloguerra@terapiabiografica.com.br

Tecendo o fio do destino – versão 2009


Cada um de nós nasce com um destino, não como um livro previamente escrito em que cada ato nosso está previsto, mas como uma missão a nós confiada. Isto faz com que a vida tenha um sentido e, muitas vezes, sofremos com angústia ou depressão por não percebê-lo claramente. Os fatos de nossas vidas estão aí para que encontremos o Fio do Destino que, junto com o nosso livre arbítrio, tece os acontecimentos tanto no nosso mundo interior quanto na nossa vida nas comunidades em que vivemos.
Este curso tem o objetivo de buscar o fio do destino de cada um, desembaraçá-lo, tecê-lo de forma diferente, mais confortável, mais de acordo com o sentido que queremos dar para nossas vidas. Para isso trabalharemos com fatos de nossas próprias vidas. Este trabalho será feito com palavras e arte, como aquarela, modelagem em argila, tricô, desenho, contos de fadas, vídeos, teatro, etc. Ninguém precisa ser artista para participar, é claro. Porém será uma oportunidade de apropriar -se da sua obra mais importante: a sua história, tornando-se dono e artífice da mesma. E desta forma, acrescentar detalhes, retocar e dar acabamentos em qualquer momento da sua vida.
Muitas das questões que nos colocamos hoje são percebidas de modo diferente quando as situamos no contexto mais amplo da vida toda. A troca de experiências de vida num grupo é enriquecedora e suaviza os sentimentos ligados a essas experiências. Permite identificações além de possibilitar um olhar de fora, como quando assistimos um filme, sendo testemunhas de  fatos comuns, arquetípicos, ao desenvolvimento do ser humano.
Este é um workshop dividido em módulos independentes, com temas próprios, o que permite a entrada a qualquer momento, de pessoas que por algum motivo não puderam participar  dos módulos anteriores e que queiram integrar-se ao grupo.

Em breve, teremos a definição de datas  em que realizaremos o workshop. Fique de olho! Salve o endereço do site nos favoritos do seu navegador e nos visite. As Vagas são limitadas, e já estamos fazendo reservas.
Em Niterói: Glia Cultura e Aprendizagem

Rua Nilo Peçanha, 142 – Ingá
Em Nova Friburgo: DAO Terapias

Rua Ernesto Brasílio, 14/408 – Centro

Coordenação: Rosângela de Santa Anna Cunha e Marcelo Guerra, DAO Terapias

Contatos e informações:
Rosângela: (32)8841-8660
santana@terapiabiografica.com.br
Marcelo: (21)7697-8982 ou (22)9254-4866 (deixar mensagem de voz ou de texto)
marceloguerra@terapiabiografica.com.br

Negócios Antroposóficos

Esta é uma reportagem exibida no início do ano no programa Pequenas Empresas Grandes Negócios, da TV Globo.  O mais importante num negócio antroposófico é a forma humana e transparente de se relacionar com os trabalhadores, os clientes e o dinheiro.

RETRATOS DA VIDA – Panorama Biográfico em Nova Friburgo

A Terapia Biográfica tem o objetivo de encontrar sentido através da observação de fatos da própria vida, que são revistos de maneira objetiva, separando o que são fatos do que são sentimentos. A maior causa de sofrimento emocional ocorre por não percerbermos o sentido de nossas vidas. Com a Terapia Biográfica, reconstruimos o trilho que liga os fatos a um sentido ordenado.

Para isto, além de falar sobre os fatos, são realizadas atividades artísticas variadas, que permitem um suporte material para a memória, além de trazer um elemento lúdico que torna esta forma de terapia bem mais agradável. Nesta Vivência em especial, trabalharemos com imagens, principalmente de fotografias dos participantes, resgatando fatos e emoções. A arte faz a ligação do pensar com o sentir, através do agir, sem intelectualizações, quebrando as resistências ao processo da Psicoterapia. Assim, nos propomos metas de mudanças em nossas próprias vidas baseadas naquilo que nos é mais sagrado, nossa própria história.

Em Nova Friburgo, de 15 a 18 de janeiro de 2009, no Morgenlicht.

Coordenadores:

  • Rosângela Cunha

Psicóloga, Gestalt-terapeuta e Terapeuta Biográfica

  • Marcelo Guerra

Médico Homeopata e Terapeuta Biográfico

Escreva para santana@terapiabiografica.com.br ou marceloguerra@terapiabiografica.com.br para mais informações. Ou ligue para falar com um de nós:

(21)7697-8982, Marcelo

(32)8841-8660, Rosângela

VAGAS LIMITADAS

São Miguel Arcanjo

Hoje é o dia de São Miguel Arcanjo, que representa a luta contra a ignorância, e a nossa maior ignorância é do nosso mundo interno. Abaixo uma oração escrita por Rudolf Steiner.

Será preciso erradicar da alma todo medo e temor do que o futuro possa trazer ao homem.
Será preciso adquirir serenidade em todos os sentimentos e sensações a respeito do futuro.
É preciso que olhemos para frente com absoluta equanimidade para com tudo que possa vir.
E precisamos pensar somente que tudo o que vier nos será dado por uma direção mundial plena de sabedoria.
Isto é parte do que temos de aprender nesta era, a saber: viver em pura confiança. Sem qualquer segurança na existência; confiança na ajuda sempre presente do mundo espiritual.
Em verdade, nada terá valor se a coragem nos faltar.
Disciplinemos nossa vontade e busquemos o despertar interior todas as manhãs e todas as noites.

Rudolf Steiner

Convite para um Trabalho Biográfico

labirinto de Chartres

O Labirinto é um antigo símbolo de unicidade, que combina a imagem do círculo e da espiral com um caminho que tem um objetivo. Ele representa uma jornada ao nosso centro e de volta ao nosso mundo externo. A forma do labirinto nos faz lembrar que há um sentido na existência, e nos remete ao sentido de nossas próprias vidas.

O Grupo de Terapia Biográfica Labirinto é formado por profissionais que buscam resgatar o sentido latente em cada existência.

* Ana Maria Lucchesi, psicóloga, psicoterapeuta e biógrafa
* Marcelo Guerra, médico homeopata e biógrafo

Os trabalhos são realizados em regime de imersão, em locais reservados, onde os participantes podem dedicar-se a trabalhar o seu interior, para retornarem ao seu mundo renovados e modificados.

O próximo Encontro Biográfico ocorrerá perto de Belo Horizonte, no Retiro das Rosas, na estrada de Ouro Preto, de 25 a 28 de setembro. Escreva para labirinto@terapiabiografica.com.br para mais informações.

O objetivo do Trabalho Biográfico é conhecer a sua vida e percorrer os caminhos da sua própria história reconhecendo os fios que te conduziram até o momento. Através do levantamento dos fatos da sua própria vida e da leitura consciente desses fatos, você trabalhará o panorama familiar e individual desde o seu nascimento até o dia de hoje, podendo então reescrever a sua história com linhas e fios mais claros, passando pelo centro do seu próprio destino.

De dentro de sua história, e só assim, é possível você reconhecer sua missão humana e transformá-la em ação consciente no mundo.

Este trabalho será em regime de imersão, de quinta-feira à tardinha a domingo após o almoço, em lugar selecionado para instrospecção e cura.

Ministrado por:

Berenice von Rückert – Biógrafa e Socióloga, Pedagoga Social
Ana Maria Lucchesi – Psicóloga, Psicoterapeuta e Biógrafa
Marcelo Guerra – Médico Homeopata, Acupunturista e Biógrafo

Valor do Trabalho: R$ 1.035,00
Forma do Acerto: para reservar sua vaga, deve ser pago adiantado o valor de R$ 345,00. O restante poderá ser pago em mais duas parcelas.

Local: Retiro das Rosas

A Essência da Terapia Biográfica

Vivemos um tempo em que cada pessoa busca, com diferentes graus de empenho, compreender-se melhor como indivíduo. Frutos deste tempo são a psicanálise, a antroposofia, a teosofia, o humanismo, as diversas correntes psicoterápicas e a aproximação da filosofia com estas correntes

O ser humano tem hoje maior consciência de si do que em séculos passados, o que gera mais questionamentos. Nossas decisões deixaram de ser guiadas unicamente pela lógica das circunstâncias externas, e passaram a levar em conta nosso mundo interior, nossas aspirações, nossos desejos. Cada vez mais temos notícias de pessoas que largaram carreiras bem sucedidas em termos de dinheiro e prestígio, para dedicar-se a uma vida mais simples, mas que corresponde a uma busca interior de mais tempo junto às pessoas queridas, à possibilidade de dedicar-se a um hobby, ou a outro interesse qualquer que não diretamente ligado à profissão de origem. Exemplos deste movimento são executivos que trocam os escritórios por uma pousada numa praia escondida no litoral.

Nosso eu interior, nosso mundo interno, cada vez fala mais alto e exige mais respostas. As perguntas centrais são: “Quem eu sou, afinal? O que eu quero fazer com a minha vida? O que estou fazendo?” É aí que reside a importância da Terapia Biográfica. Porque não há melhor material para entendermos o que queremos das nossas vidas do que a história de nossas próprias vidas. Nossas questões essenciais em relação a nossas vidas só podem ser respondidas no contexto da vida em si. Pouco adianta confrontar nossas questões com teorias filosóficas ou mesmo esotéricas. O que traz respostas reais são os fatos da vida que levamos até aqui, como reagimos a eles, como os criamos, como os sentimos, como os transformamos em padrões, e porque não conseguimos sair destes padrões. Estas respostas são a chave para que, através do pensamento e do sentimento, possamos agir no sentido de modificar nossas vidas, tornando-as plenas de sentido.

Através do trabalho biográfico, o participante treina um distanciamento em relação à sua própria vida, como se a visse do alto de uma montanha, como uma paisagem. Com o prosseguimento do trabalho, é preciso criar um senso de responsabilidade por sua própria biografia, depois de entender pequenas frações da sua história, saindo do lugar de vítima das circunstâncias e tornando-se senhor(a) de sua própria vida. Através deste trabalho, uma pessoa pode sair da posição de deixar as coisas acontecerem a ela e assumir a direção de sua própria vida.

Este não é um processo fácil ou mágico, do tipo “vou fazer umas atividades numa tarde, relembrar algumas coisas e tudo vai entrar nos eixos.” Não, este é um processo que pode ser longo e cansativo, e geralmente nem um pouco fácil, em que se defronta com fatos que a pessoa preferiria deixar debaixo do tapete da memória para sempre, não fossem eles causadores de tantos outros sofrimentos e padrões de comportamento dolorosos. E quando você começa a trabalhar com estes fatos e compreendê-los, você pode chegar a escolhas para o futuro, totalmente baseadas na sua biografia. Esta é a essência da Terapia Biográfica: unir o passado, o presente e o futuro ao redor da questão de cada um, para que a pessoa possa tomar a vida em suas próprias mãos.

Marcelo Guerra

Tecendo o Fio do Destino

“Destino?

Agulha no palheiro

onde o homem se procura

O tempo inteiro”

Lindolfo Bell

A Escola do Vale, em Duas Barras (RJ) convidou-me para realizar este seminário para suas professoras e iniciamos no sábado, 16 de fevereiro de 2008, às 14h. O próximo encontro será dia 15 de março, às 14h.

Novo grupo no Rio de Janeiro, começando no dia 10 de maio de 2008, sábado, às 14h, à Rua Pereira da Silva, 135, Laranjeiras. INSCREVA-SE JÁ!

PALESTRA INTRODUTÓRIA GRATUITA NO DIA 3 DE MAIO DE 2008, ÀS 9H.

Cada um de nós nasce com um destino, não como um livro previamente escrito em que cada ato nosso está previsto, mas como uma missão a nós confiada. Isto faz com que a vida tenha um sentido e, muitas vezes, sofremos com angústia ou depressão por não percebê-lo claramente. Os fatos de nossas vidas estão aí para que encontremos o Fio do Destino que, junto com o nosso livre arbítrio, tece os acontecimentos tanto no nosso mundo interior quanto na nossa vida nas comunidades em que vivemos.

Este curso tem o objetivo de buscar o fio do destino de cada um, desembaraçá-lo, tecê-lo de forma diferente, mais confortável, mais de acordo com o sentido que queremos dar para nossas vidas. Para isso trabalharemos com fatos de nossas próprias vidas. Este trabalho será feito com palavras e arte, como aquarela, modelagem em argila, tricô, desenho, contos de fadas, vídeos, teatro, etc. Ninguém precisa ser artista para participar, é claro.

Muitas das questões que nos colocamos hoje são percebidas de modo diferente quando as situamos no contexto mais amplo da vida toda. A troca de experiências de vida num grupo é enriquecedora e suaviza os sentimentos ligados a essas experiências.

O curso será coordenado por Marcelo Guerra, Médico Homeopata, Terapeuta Biográfico em formação. Terá a duração de 10 encontros mensais e um novo grupo começará no Rio de Janeiro, a partir de 10 de maio de 2008. O investimento para cada módulo será de R$100,00 (já incluído o material). As vagas são limitadas e as inscrições e mais informações podem ser obtidas pelos telefones (21)3717-5215, (22) 8112-4983 ou pelo e-mail marceloguerra@terapiabiografica.com.br

Cada um hospeda dentro de si uma águia. Sente-se portador de um projeto infinito. Quer romper os limites apertados de seu arranjo existencial. Há movimentos na política, na educação e no processo de mundialização que pretendem reduzir-nos a simples galinhas, confinadas aos limites do terreiro. Como vamos dar asas à águia, ganhar altura, integrar também a galinha e sermos heróis de nossa própria saga? (Leonardo Boff)

Princípios Educacionais da Antroposofia

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Nos primeiros anos de vida, a criança aprende por imitação. Mesmo na adolescência, os bons exemplos recebidos dos adultos são o que forma a estrutura moral e de valores do ser humano. É o que ensina a ciência espiritual de Rudolf Steiner, médico alemão que, no começo do Século XX, fundou as bases da Antroposofia
Duas palavras mágicas caracterizam a maneira como a criança se relaciona com o mundo: imitação e exemplo. O filósofo grego Aristóteles denominou o homem como o animal mais propenso a imitar; essa verdade vale para a idade infantil, até os sete anos, mais do que para qualquer outra. O que acontece no ambiente físico, a criança imita, e essa imitação confere aos órgãos físicos suas formas definitivas. Devemos considerar o ambiente físico em sua acepção mais ampla, incluindo nele não apenas o que se passa materialmente ao redor da criança, mas tudo o que ocorre, o que seus sentidos percebem, o que, a partir do espaço físico, é suscetível de agir sobre as forças espirituais. Isso inclui todas a ações morais e imorais, inteligentes e tolas que a criança possa perceber.
Não são, pois, as sentenças morais nem os ensinamentos da razão que atuam nesse sentido sobre a crianças, mas apenas o que os adultos fazem em sua redondeza de maneira visível. Preceitos deste tipo têm efeito plasmador, não sobre o corpo físico, mas sobre o etérico; porém esse, até a idade dos sete anos, tem o envoltório etérico protetor da mãe exatamente como, fisicamente falando, o corpo físico foi protegido antes do nascimento pelo envoltório materno.
O que deve desenvolver-se nesse corpo etérico antes do sétimo ano, quanto a representações, hábitos, memória, etc., deve fazê-lo espontaneamente, tal como o fazem os olhos e as orelhas no ventre da mãe sem que haja intervenção da luz exterior.
Seus órgãos físicos adquirem forma pela influência do ambiente físico. A visão desenvolve-se sadiamente quando existem no ambiente da criança fenômenos apropriados de luz e cor; no cérebro e na circulação sangüínea, formam-se as disposições para um sentido moral sadio, desde que a criança perceba em seu ambiente fatos morais. Se antes da idade de sete anos a criança vê ao seu redor apenas atitudes tolas, o cérebro adquire formas tais que a capacitam apenas para tolices na vida posterior.
Assim como os músculos da mão se tornam fortes e vigorosos quando exercem atividades apropriadas, o cérebro e os demais órgãos do corpo humano seguem o rumo certo quando recebem do ambiente os impulsos adequados.
Pode-se fazer para a criança uma boneca com um guardanapo dobrado: duas pontas serão os braços, as outras as pernas, um nó servira para a cabeça. Tendo à sua frente o guardanapo dobrado, a criança deve, por meio de sua fantasia, acrescentar algo que o transforme em figura humana. Essa atividade da fantasia tem efeito plasmador sobre as formas do cérebro. Porém, se a criança ganha uma linda boneca rosto de porcelana, nada resta ao cérebro para fazer, e ele atrofia-se em vez de desabrochar.
Se os homens pudessem olhar, como pode fazê-lo o pesquisador espiritual, para dentro do cérebro empenhado em estruturar suas próprias formas, com toda a certeza só dariam a seus filhos brinquedos suscetíveis de avivar as forças plasmadoras do cérebro.
Nossa época materialista produz poucos bons brinquedos. Veja-se como é saudável aquele brinquedo que, mediante dois pedaços de madeira deslocáveis, mostra dois ferreiros virados um contra o outro, martelando um objeto. Ótimos, também, são os livros ilustrados com figuras móveis: puxando os fios fixados nessas figuras, a criança transforma a ilustração morta em imagem animada. Tudo isso provoca a atividade íntima dos órgãos, a partir da qual se constróem as formas corretas para eles.
De acordo com a Ciência Espiritual, uma criança nervosa e irrequieta e outra letárgica e fleumática devem receber tratamentos diferentes, a começar pelo ambiente em que vivem. A esse respeito tudo é importante, desde as cores do quarto e dos objetos que normalmente rodeiam a criança até as cores das roupas com as quais ela é vestida.
Quando não se segue a orientação da Ciência Espiritual, freqüentemente se faz o contrário, pois os conceitos materialistas conduzem, em muitos casos, a soluções incorretas. Uma criança excitada deve ser rodeada e vestida de cores amarelas e vermelhas; no caso de uma criança impassível, convém recorrer a tonalidade azuis e esverdeadas. O que importa é a cor complementar produzida interiormente. No caso do vermelho, será a cor verde; no do azul, a alaranjada – como facilmente constatamos ao olhar durante algum tempo para uma superfície colorida nessas cores e depois fixar o olhar rapidamente numa superfície branca. Essa cor complementar é produzida pelos órgãos físicos da criança e provoca as estruturas orgânicas correspondentes, de acordo com suas necessidades. Se a criança irrequieta tem ao seu redor uma cor vermelha, esta produz intimamente a imagem complementar verde, que tem efeito calmante, e assim os órgão adquirem tendência à calma.
Convém levar em conta que o próprio corpo físico determina, nessa idade, o que lhe convém. Ele faz isso desenvolvendo adequadamente os apetites. De maneira geral, pode-se dizer que o corpo físico sadio requer o que lhe faz bem. Enquanto se tratar do corpo físico da criança, convém observar quais são os desejos do apetite sadio e da alegria. A alegria e o prazer são as forças que melhor plasmam as formas físicas dos órgãos.
Podemos incorrer em graves erros a esse respeito, deixando de proporcionar um entrosamento perfeito da crianças com seu ambiente físico. Isso pode acontecer em particular com os instintos relativos à alimentação. Podemos abarrotar a criança com certos alimentos, a ponto de fazê-la perder totalmente os instintos sadios relativos à comida; por meio de uma alimentação correta, esses instintos podem ser mantidos de tal maneira que a criança só solicite o que lhe for conveniente (isso se aplica até a um simples copo de água), enquanto recusa o que pode prejudicá-la.
Entre os impulsos que têm efeitos plasmadores sobre os órgãos físicos encontramos, pois, a alegria provocada pelo ambiente e, dentro desse, os rostos alegres dos educadores, como um amor antes de tudo sincero, nunca simulado. Tal amor, permeando calorosamente todo o ambiente, incuba, no verdadeiro sentido da palavra, as formas dos órgãos físicos.
Quando a criança pode imitar tais exemplos sadios numa atmosfera de amor, ela se encontra em seu elemento adequado. Deve-se observar rigorosamente que, ao seu redor, nada ocorra que ela não deva imitar. Ninguém deveria praticar qualquer ação dizendo-lhe isso você não pode fazer. Quando se vê a criança rabiscar letras muito antes de compreender seu sentido, constata-se que ela procura, nessa idade, apenas imitar. Aliás, é bom que ela primeiro imite estes signos e somente mais tarde entenda seu significado. Com efeito, a tendência a imitar pertence à época em que se desenvolve o corpo físico, enquanto a interpretação do sentido diz respeito ao corpo etérico. É conveniente atuar sobre este ultimo só depois da troca dos dentes, quando já se desprendeu o envoltório etérico. Todo aprendizado deveria ocorrer, nessa época, especialmente pela imitação. É ouvindo que a criança melhor aprende a falar. Quaisquer regras e qualquer instrução artificial nada podem trazer de bom.
Nos primeiros anos da infância, meios educativos como as canções devem impressionar os sentidos por seu belo ritmo. O que importa não é tanto o conteúdo, mas a beleza sonora. Quanto mais algo vivifica a visão e o ouvido, tanto melhor. Nunca se deveria subestimar a força plasmadora de movimentos de dança acompanhando o ritmo de uma música.
Com a segunda dentição, o corpo etérico se liberta de seu envoltório etérico; começa então a época em que se pode exercer sobre ele uma influência pedagógica externa. Convém ter em mente quais fatores atuam de fora sobre o corpo etérico. Sua transformação e seu desenvolvimento caminham a par com uma transformação e uma mudança das inclinações, dos hábitos, da consciência, do caráter, da memória e dos temperamentos. O que atua sobre o corpo etérico são imagens, exemplos e uma orientação disciplinada da fantasia. Assim como até os sete anos de idade a criança deve ter exemplos físicos para serem imitados, entre a troca de dentes e a puberdade seu ambiente deve conter tudo o que possa orientá-lo por seu valor intrínseco e seu sentido. Isso ocorre com tudo o que atua através de imagem e por analogia.
O corpo etérico desenvolve sua força quando uma fantasia bem orientada pode seguir, como modelos e idéias, as imagens e impressões extraídas da vida ou recebidas pelo ensino. O que atua harmoniosamente sobre o corpo etérico em desenvolvimento não são conceitos abstratos, mas o elemento plástico – não o sensorial, mas o espiritual visível. A observação espiritual é o meio educativo mais apropriado para esses anos. Daí a importância, para o jovem, de ter à sua volta mestres, personalidade cujas maneiras de ver e julgar o mundo possa despertar nele as forças intelectuais e morais desejáveis.
Assim como imitação e exemplo eram as palavras mágicas para a educação dos primeiros anos, para os anos ora focalizados o são a aspiração a idéias e a autoridade. A autoridade natural, não-imposta, deve constituir a evidência espiritual imediata para que o jovem forme consciência, hábitos e inclinações e discipline seu temperamento, com cujos olhos observa o mundo. Valem principalmente para essa idade as belas palavras do poeta: cada um deve escolher o herói a quem pretende imitar em sua ascensão ao Olimpo.
Veneração e respeito são forças que devem fazer crescer o corpo etérico de maneira sadia. Quando falta essa veneração, as forças vivas do corpo etérico se atrofiam. Imaginemos a seguinte cena e o efeito produzido por ela sobre um menino de, digamos, oito anos de idade. Alguém lhe conta algo a respeito de uma pessoa particularmente venerável. Tudo o que ele ouve lhe incute um temor quase sagrado. Aproxima-se o dia em que ele deve ter o primeiro encontro com essa pessoa. Ao pressionar a maçaneta da porta atrás da qual deverá aparecer o ser venerável, um tremor de respeito o invade. Os belos sentimentos gerados por semelhante experiência permanecerão entre as reminiscências mais duradouras da vida. Feliz é o adolescente que pode elevar seu olhar para o mestre e educador como autoridades naturais, e isso não apenas em alguns momentos excepcionais, mas durante toda a juventude! Além dessas autoridades vivas, verdadeiras encarnações da força moral e intelectual, deve haver as autoridades
espirituais aceitas.
O rumo espiritual do jovem deve ser determinado pelas grandes figuras da História, pela descrição de homens e mulheres modelares e não por princípios abstratos de moral, que só atuarão efetivamente depois que o corpo astral se tiver despedido de seu envoltório astral, na época da puberdade. Tais considerações devem nortear sobretudo o ensino da História.
Antes da troca dos dentes, todas as histórias, contos, etc. terão como único fim trazer à criança um ambiente de alegria e riso; mais tarde, as histórias deverão conter, além disso, imagens vívidas que incitem nos adolescentes o desejo de igualar os feitos descritos. Não se deve esquecer que maus hábitos podem ser combatidos por meio de imagens repugnantes apropriadas. Quando existem tais maus hábitos e inclinações, pouco adianta recorrer a admoestações. Contudo, muito pode ser feito para erradicá-los por meio de imagens realistas de homens maus que possuam os mesmos defeitos e sofram suas conseqüências negativas em sua vida posterior.
Convém ter em mente que não é de conceitos abstratos que o corpo etérico em formação recebe impulsos profundos, mas sim de imagens vívidas em sua clareza espiritual. É necessário, naturalmente, proceder com bastante tato para não provocar um efeito contraproducente. O que importa é a maneira como se contam as histórias. Por esse motivo, um conto bem narrado nunca pode ser substituído por uma leitura.
Fonte: Rudolph Steiner, A Educação da Criança Segundo a Ciência Espiritual (Antroposófica)
* Pseudônimo do escritor alemão Johann Paul Friedrich Richter (1763-1825)

A Primeira Árvore de Natal

Presépio

A primeira Árvore de Natal
( conto tradicional da Alemanha)
Em Nazaré, aquela região tranquila em que crescia o Menino Jesus, vivia uma pobre mulher. Deus havia lhe presenteado com sete filhinhos, mas não havia pão suficiente para alimentá-los. A fome era hóspede constante naquela casa.
O pai já estava debaixo da terra e o trabalho das mãos da mãe não bastava para encher as sete barriguinhas. Mas Deus não abandona os Seus. Enviou-lhes seu próprio Filho, o Menino Jesus, que muitas vezes brincava com as
crianças. E quando ficavam cansados de correr e brincar, Jesus levava o grupinho para sua casa. Mãe Maria então esquentava leite, uma grande jarra cheinha, cortava uma montanha de fatias de pão e passava manteiga e mel nelas. E as crianças famintas avançavam alegres a conquistar aquela montanha e depois voltavam felizes e satisfeitas com a sua mãezinha.
O pequeno Menino Jesus havia completado sete anos. Mãe Maria não havia deixado passar esse dia sem ter realizado muitos desejos de seu querido filho. Quando Jesus, durante a noite, cansado e feliz, deitado na sua caminha, relembrava os grandes acontecimentos de seu sétimo aniversário, pensou de repente nos seus amiguinhos pobres, que com certeza nunca haviam recebido um presente no seu aniversário. Quietinho saiu de sua cama, chamou os seus sete anjinhos, pegou seus mais lindos brinquedos e de camisola pôs-se em direção a cabana no outro fim da aldeia, onde moravam as crianças pobres.
E mandou o primeiro anjinho à arvorezinha milagrosa chamada “Sacuda-te” buscar seus frutos que eram lindas roupinhas, vestidos, sapatos e meias quentinhas. O segundo anjinho foi enviado para buscar guloseimas no “País Doce”, outro teve que trazer frutas deliciosas do Jardim do Paraíso, o quarto foi buscar estrelinhas douradas da Via Láctea, e assim cada anjinho recebeu sua tarefa e sua encomenda.
E chegaram finalmente, carregados com seus tesouros, à casinha da viúva. Tudo estava escuro e silencioso. No jardim pequeno em frente da casinha havia entre canteiros de batatas e algumas flores, um pequeno cedrinho solitário, plantado para servir de repouso aos pássaros. Nos seus galhos o Menino Jesus pendurou todos aqueles belos presentes, que Ele e seus anjinhos haviam carregado até lá. E os anjinhos ajudaram, pondo os mais lindos enfeites nos galhos mais altos que o Menino não alcançava. Às vezes um fio de cabelo angelical dourado ficava preso nos galhos verdes iluminando aquelas maravilhas todas. Em cada galho e galhinho havia algo, uma maçã, um sapatinho, uma noz que havia ficado dourada ao encostar na asa de um anjo, um brinquedo, uma blusinha, um doce ou até uma estrelinha brilhante. Tendo pendurado o último presente na árvore, Jesus afastou-se silenciosamente, despediu os anjos prestativos, agradecendo-lhes a ajuda e deitou-se na sua caminha, feliz da vida.
Imaginem a alegria das crianças pobres ao ver na manhã seguinte aquela estranha árvore em frente da sua casa. Pegaram-se pelas mãos e dançaram em volta da arvorezinha milagrosa. Mais feliz ainda estava Jesus, e ficou tão contente com sua boa idéia, que decidiu fazer o mesmo em cada aniversário seu: dar essa alegria a muitas crianças, se possível, a todas as crianças do mundo.
Assim o dia de Natal transformou-se na festa mais abençoada do ano, e não há outro dia em que haja mais rostos felizes e corações alegres. Mesmo o homem mais pobre tem sua árvore de Natal, por mais humilde e pequena que seja, e alguma bondosa pessoa, de perto ou de longe, terá para ele um presente, para que a felicidade não deixe de existir no mundo.
Essa é a história da primeira árvore de Natal.
Noite de Luz – vol.2
contos para o Advento e Natal – coletânea de Karin E. Stasch
Que neste Natal saibamos reconhecer os presentes que Jesus coloca na nossa
árvore de Natal, e estejamos sempre prontos a ajudá-lo a enfeitar as árvores
de nossos irmãos.
FELIZ NATAL